Arquitetura afetiva, você sabe o que é? Tendência que veio para ficar em tempos de pós pandemia.
Com a volta das mostras e feiras, voltamos a falar mais de moda e tendência na decoração. Mas, mais importante do que os últimos lançamentos, é aquilo que faz sentido para quem vive o espaço. Essa é a premissa da arquitetura afetiva.
Um móvel antigo da bisavó, a gravura comprada numa viagem, o conjunto de louças do casamento dos pais, o primeiro item de decoração comprado para o primeiro apartamento... Ou até algo novo que traga memórias e sensações de momentos felizes. Tudo que tem significado, que conta histórias para os moradores é decoração afetiva.
Com o enclausuramento que sofremos em função da pandemia de Covid-19, pessoas que nunca deram importância para a decoração de seu lar, se viram trancadas num lugar frio, sem representatividade de quem se é, com isso a decoração afetiva ganhou mais espaço.
Mas ela não nasceu com a pandemia não, há anos atendo clientes que seguem desde muito tempo esse princípio, trazendo o cliente para dentro do projeto de forma mais ativa e participativa. Nada de apresentar um projeto todo novo. Há muita troca, muita conversa, muito garimpo. Muitas vezes são projetos “incompletos”, com espaço para o novo, para as mudanças que estão por vir.
E, com tantas mudanças nesses últimos anos, será que vale a pena investir num lugar sem identidade e “engessado”? Pra mim não.
E, aliás, minha casa é cheia de itens afetivos, eu nem saberia fazer diferente.
Originalmente publicado em 2021 em:
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